Nosso foco pretende direcionar sua luz para os poetas que aos poucos se destacam no cenário da literatura, nossa intenção é focar aqueles que tanto na poesia quanto na prosa mostram-se criativos, rítmicos e com idéias realmente novas fazendo com que a literatura abra portas a novos talentos. Não temos preconceito a heterônimos na medida em que todos os escritores em algum momento de suas vidas lançaram mão deste artifício. O que para nós importa é a capacidade literária do autor.
sábado, 30 de junho de 2012
Giselle Sato
Giselle Sato
Giselle Sato é autora Meninas Malvadas, A pequena bailarina e Contos de Terror Selecionados.
Se autodefine apenas como uma contadora de histórias carioca. Estudou Belas Artes, Psicologia e foi comissária de bordo.
Gosta de retratar a realidade, dedicando-se a textos fortes que chegam a chocar pelos detalhes, funcionando como um eficiente panorama da sociedade em que vivemos.
Site- www.trilhasdaimensidao.prosaeverso.net
- Sentimentos - Indrisos
Vento forte , janelas abertas
Cheiro de terra e casa vazia
O silencio abriga a dor
Perda de tempo, não sonho mais
Esperança perdida no passado
Retratos, pedaços...retalhos...
Lágrimas de chuva, caminhos d'alma
Nuvens negras, mescladas de saudades
Vicios
O desejo dói. Castiga em tormentos a ausência.
O corpo quente, ansioso, oferece abrigo, instiga o perigo, testa os limites e sofre.
Solidão.
Silencia a madrugada, suas mãos fortes tocam, procuram, exigem e envolvem.
Feche os olhos, deixe que te guie, confie, estou faminta de prazer, diga meu nome mil vezes enquanto descubro seus segredos.
Medo. Que me roube os vícios.
Vícios. Que me tornam cativa dos teus segredos.
Segredos. Que são apenas fetiches.
Fetiches. Que me fazem sua , apaixonada e sem limites.
Limites. Que dissolvo em sua boca, gemendo baixinho, muito além do bastante.
COLCHA DE RETALHOS- SAUDADES
Busco nas lembranças momentos especiais tecendo uma imensa colcha de retalhos.
Cada pedacinho da minha história alinhavado.
Sianinhas delicadas.
Passamanarias.
Rendas de algodão.
Fitas de cetim e bordado inglês.
Organza e tristeza, tafetá mil delicadezas, seda pura em suaves carícias, deslizando pelo corpo cansado.
Mini flores na ponta da agulha.
Costurando sonhos e amores.
Despedidas enfeitadas por esperança em forma de miçangas.
O tecido ganha forma e volume.
Peso e textura.
Cor e sabor.
Mistura furta-cor de aromas especiais.
Mortalha-casulo da dor e renascimento.
Asas frágeis secando ao sol... sem medo de renascer borboleta.
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